Pelourinho pode ter o primeiro Distrito de Economia Criativa do Brasil
A Economia Criativa no Brasil movimenta R$ 155,6 bilhões (2015) com 239 mil estabelecimentos em todo o país, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) está propondo a ideia de transformar alguns imóveis do Pelourinho, na área do Centro Histórico de Salvador (CHS), no primeiro Distrito de Economia Criativa do Brasil. A iniciativa é do IPAC, órgão da Secretaria de Cultura (Secult), e tem parceria com a Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação (Secti). Este será o primeiro bairro criativo do Brasil, já que experiências similares no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, ocuparam somente um edifício em cada cidade. A poligonal do CHS é tombada como Patrimônio Nacional pelo IPHAN/MinC e chancelada pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.
“É imprescindível a implantação de um novo modelo de gestão e readequação do extenso parque imobiliário do Instituto à realidade atual, às necessidades urbanístico-populacionais e patrimoniais dessa região do CHS, que podem produzir importante impacto na revitalização do maior conjunto arquitetônico barroco-europeu nas Américas que é o Centro Antigo da capital baiana”, afirma o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira. A iniciativa do IPAC deve ocupar inicialmente imóveis do Instituto que estão no Quarteirão das Artes, delimitado pelas Ruas Gregório de Mattos e Frei Vicente, Ladeira do Ferrão e Baixa dos Sapateiros. Nessa quadra, já existem equipamentos do IPAC considerados ‘âncoras culturais’, como o Solar Ferrão, com galeria e cinco coleções de arte, e a Praça das Artes.
No início deste mês, o IPAC já transferiu também a sua Diretoria de Museus para ocupar o Solar Ferrão, de modo a dinamizar mais ainda o local. Praça das Artes, largos Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro D’Água também são do Instituto e estão em obras para abrir no verão 2017/2018. “Outros imóveis do IPAC que estão próximos são ocupados ainda por importantes projetos, como o Balé Folclórico da Bahia (BFB), orkestras Rumpilezz e Rumpilezzinho, Cine XIV, projeto artístico-educacional Axé e o Mandinga de Capoeira”, relata o diretor João Carlos. Livraria Mídialouca, Museu da Música Brasileira e Casa Pouso das Artes, que faz residência artística com a Funceb, também estão próximas e são do IPAC.
DISTRITO CRIATIVO – O IPAC dispõe de 402 unidades imobiliárias e 181 imóveis em toda a Bahia. No CHS, o parque imobiliário do IPAC representa apenas cerca de 1,5% do total existente na área tombada. O restante é propriedade de particulares, órgãos e secretarias municipais, estaduais e federais, além das irmandades e congregações da Igreja Católica que detém grandes prédios como o Cinema Excelsior e dezenas de casas no Pelourinho. A primeira experiência no país que vai englobar um bairro inteiro de uma capital brasileira vai ser no CHS.
As cidades do Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm experiências que tangenciam a ideia, porém somente em um edifício. Bairros criativos existem em Buenos Aires (Argentina), Medellín (Colômbia), Londres (Inglaterra) e Sidney (Austrália) e se transformaram em casos de sucesso da revitalização de áreas urbanas. De acordo com levantamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em dados de 2015, o setor de Economia Criativa movimentou R$ 155,6 bilhões com 239 mil estabelecimentos espalhados em todo o país.
WORKSHOP INTERNACIONAL – Como primeira etapa desse processo, o Instituto Roerich da Paz e Cultura do Brasil (realização) e o Instituto Pensar (realização e curadoria) estão organizando um ‘Workshop Internacional Design e Distritos Criativos - Casos e Ideias para a Bahia’, previsto para 20 de setembro, no Teatro SESC, no Largo do Pelourinho, com consultoria da Garimpo de Soluções. O evento terá palestras e debates com especialistas na criação de modelos inovadores e inspiradores de requalificação urbana e desenvolvimento socioeconômico.
Convidada para o evento, a assessora especial da Prefeitura de Lisboa, Branca Neves, falará sobre o bairro criativo da capital portuguesa. Além disso, ocorrerão exposições das experiências de Buenos Aires, Medellín e Rio de Janeiro. O ex-assessor técnico do Sistema de Informação Cultural da Argentina, Alejandro Castañé, gerente de projetos de transformação de cidades, como Sampa Criativa, também participa do workshop do IPAC em Salvador. Já o distrito de inovação de Medellín será representado por sua gente, nas palavras da consultora Ana Isabel Maya.
VAGAS LIMITADAS – Ainda na programação, o ex-secretário nacional de economia criativa do Ministério da Cultura, Marcos André Carvalho, e a assessora em economia criativa para a ONU, Ana Carla Fonseca. Saiba mais sobre workshop: secretaria@institutopensar.com e (71) 3037-7790. As vagas são limitadas, abertas para convidados e para o público em geral, desde que com inscrição prévia.
Conheça outras ações do IPAC como Livros: http://goo.gl/CDv6q3. Assista aos vídeos Secom/IPAC: educação patrimonial (https://goo.gl/rJggpk), Balé Folclórico (https://goo.gl/jZQjJN), Projeto Axé (https://goo.gl/34bd1a), Dinamização de Espaços/IPAC (https://goo.gl/S4EyRn), Museus (https://goo.gl/uQS9NG e https://goo.gl/vphG2s), Festa do Bembé (https://goo.gl/63H8Ve), Festa da Boa Morte (https://goo.gl/BawMJJ) e Capoeira (https://goo.gl/wFJdGN). Acesse: www.ipac.ba.gov.br, facebook Ipacba Patrimônio e twitter @ipac_ba.
Serviço
Workshop Internacional Design e Distritos Criativos - Casos e Ideias para a Bahia
Data: 20 de setembro – Quarta-Feira, das 8h às 18h.
Local: Cine Teatro do Sesc Senac Pelourinho (Largo do Pelourinho, 19 – Pelourinho, Salvador).
Inscrição: O evento é gratuito e tem vagas limitadas; a inscrição deve ser feita com antecedência por e-mail:secretaria@institutopensar.com
Informações: (71) 3037-7790.
Assessoria de Comunicação – IPAC, em 11.09.2016
(71) 3117-6490, 3116-6673, 99110-5099
Jornalista responsável Geraldo Moniz de Aragão (DRT-BA nº 1498)
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