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    Quando a propaganda vira palco político: um alerta necessário sobre saúde mental e discursos oportunistas

    A campanha mais recente da Havaianas chega ao público com uma mensagem simples e potente: abandonar a ideia de “sorte” e assumir o protagonismo da própria vida. “Começar o ano com os dois pés” é uma metáfora clara sobre atitude, movimento e liberdade de escolha. A peça publicitária fala de gente comum, de corpo inteiro, de ir com tudo — sem promessas milagrosas, sem atalhos fáceis.

    No entanto, em tempos de redes sociais aceleradas e disputas narrativas constantes, não demorou para que a mensagem fosse apropriada por discursos de politicagem, tentando encaixar o conteúdo da campanha em leituras forçadas, ideológicas ou eleitorais. Esse tipo de prática não é novo, mas preocupa.

    Transformar tudo em palanque, inclusive uma campanha publicitária que fala de comportamento e cotidiano, revela um cenário de excesso de tensão social, onde qualquer mensagem vira motivo de confronto. O debate deixa de ser saudável quando passa a ser movido por ataques, ironias agressivas e tentativas de lacração, muitas vezes ignorando o impacto emocional que isso causa nas pessoas.

    É preciso fazer um alerta importante:
    👉 nem todo conteúdo é político, e nem toda discordância precisa virar guerra.

    Vivemos um período em que ansiedade, estresse, intolerância e esgotamento emocional estão cada vez mais presentes. A politização extrema da vida cotidiana contribui para esse adoecimento coletivo, alimentando conflitos desnecessários e reforçando comportamentos impulsivos.

    Especialistas em saúde mental vêm chamando atenção para o aumento de distúrbios emocionais ligados ao excesso de exposição a embates virtuais, como irritabilidade constante, sensação de perseguição, dificuldade de diálogo e perda de empatia. Quando tudo vira disputa, o equilíbrio se perde.

    A campanha da Havaianas, goste-se ou não dela, fala sobre movimento, escolha e leveza — valores que dialogam muito mais com bem-estar do que com confronto. Usá-la como munição política é esvaziar seu sentido original e, mais uma vez, colocar gasolina em um ambiente já inflamado.

    Talvez o recado mais urgente não seja sobre começar o ano “com os dois pés na porta”, mas sim sobre colocar os pés no chão, respirar, cuidar da mente e resgatar a capacidade de conviver com diferenças sem transformar tudo em batalha.

    Em um país cansado de ruídos, saúde emocional também é um ato de responsabilidade social. E isso vale mais do que qualquer disputa narrativa.


    REDAÇÃO: Denny Silva (NOTÍCIAS iPW)

    IMAGENS: Instagram da @havaianas

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