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    700 famílias são retiradas de casa em Minas Gerais por risco em duas barragens

    Reprodução do Google Maps. 

    500 famílias que moram junto a barragem da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, foram evacuadas pela Vale por determinação da ANM. Em Itatiaiuçu, a mineradora ArcelorMittal decidiu retirar outras 200 famílias que viviam próximo à barragem de Serra Azul


    Um total de 700 famílias foram retiradas de suas casas em Minas Gerais por risco em duas barragens de alteamento a montante. Na madrugada desta sexta-feira, a Vale atendeu determinação da Agência Nacional de Mineração (ANM) e evacuou cerca de 500 famílias das comunidades Socorro, Tabuleiro e Piteiras, que moram junto a barragem da mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, Minas Gerais. A aproximadamente 180 quilômetros do município, em Itatiaiuçu, a mineradora ArcelorMittal decidiu retirar outras 200 famílias que vivem no entorno da barragem de rejeitos de Serra Azul como medida de precaução após avaliação da estrutura da barragem.

    Em Barão de Cocais, a sirene tocou por volta de 1h da manhã por decisão da ANM, que recebeu informações de que a empresa estaria dando início ao nível 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), após a consultoria Walm negar a Declaração de Condição de Estabilidade à estrutura. Em vídeo de um morador, publicado pelo portal UAI, é possível ouvir as sirenes e anúncios automáticos da empresa pedindo para que os moradores deixem suas casas: "Atenção, esta é uma situação real de emergência de rompimento de barragem. Abandonem imediatamente suas residências".

    A Vale informou por meio de nota, no entanto, que a decisão foi preventiva. "Como medida de segurança, a Vale está intensificando as inspeções da barragem Sul Superior. Também será implantado equipamento com capacidade de detectar movimentações milimétricas na estrutura. A Vale está trazendo consultores internacionais para fazer nova avaliação da situação no próximo domingo (10/2)", informou a mineradora responsável pela barragem de Brumadinho, que rompeu no dia 25 de janeiro, deixando 157 mortos, enquanto buscas por 182 pessoas desaparecidas continuam.

    A prefeitura de Barão de Cocais, localizada a 100 km da capital mineira, informou que os moradores foram encaminhados para o Ginásio Poliesportivo da cidade, onde ficarão temporariamente abrigados. Segundo a Vale, a produção de minério de ferro da mina de Gongo Soco foi paralisada em abril de 2016. A estrutura de Barão de Cocais é uma das dez barragens a montante inativas, que fazem parte do plano de aceleração de descomissionamento anunciado em 29 de janeiro. A barragem Sul Superior, com 85 metros de altura, armazena 6 milhões de m³ de rejeitos. Assim como a barragem que rompeu em Brumadinho há duas semanas e a que evacuou mais 200 famílias nesta sexta em Itatiaiuçu, ela é considerada de baixo risco de acidente e de alto dano potencial associado (quando há elevado impacto ambiental e comunidades no entorno do empreendimento). Todas elas estão incluídas na Política Nacional de Segurança de Barragens.

    Em Itatiaiuçu, a barragem de rejeitos da mina de Serra Azul - com método de construção a montante - está desativada desde outubro de 2012, informa a mineradora ArcelorMittal. Mas inspetorias e auditorias realizadas após a tragédia de Brumadinho levaram a empresa a evacuar a comunidade que vive a cerca de cinco quilômetros do empreendimento nesta sexta-feira. "Empregando uma metodologia mais conservadora, a auditoria independente responsável pela declaração de estabilidade revisou o último relatório e adotou para a barragem um Fator de Segurança (Factor of Safety ou FoS) mais restritivo", informa a mineradora.A barragem, conforme dados da ANM, tem 89 metros de altura e armazena 5,25 milhões de m³ de rejeitos.

    A empresa diz que a avaliação já inclui dados e aprendizado decorrentes dos eventos da barragem do Feijão, em Brumadinho. Enquanto as famílias estiverem fora de suas casas, a mineradora realizará testes adicionais para melhorar a segurança. A mina de Serra Azul, que abastece a barragem, produz 1,2 milhões de toneladas de concentrado e minério granulado.  "O trajeto histórico a ser seguido pelo fluxo, em caso de colapso, avaliado quando a barragem estava ativa, era de aproximadamente de quatro a cinco quilômetros", informa a ArcelorMittal.



    Em vídeo publicado pelo portal UAI é possível ouvir as sirenes e anúncios de emergência no momento da evacuação das famílias.

    DA REDAÇÃO Rede IPW
    FONTE: EL PAÍS

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